Desde
2007 sem lançar um álbum de inéditas, a cantora e atriz Hilary Duff (27),
finalmente voltou ao cenário musical com um novo disco cheio de energia. Com
uma proposta dançante e descartando duas tentativas frustradas de singles como “Chasing The Sun” e “All About You”, lançados sem sucesso em 2014, “Breathe in. Breathe out.” consegue manter a qualidade musical de
seu último lançamento, o ótimo Dignity.
Iniciando
com o 1º single, Sparks, composto
pela nova revelação do pop, Tove Lo, a canção é bem familiar ao som que Duff já
apresentava anteriormente nos álbuns anteriores com um pouco de mais
sofisticação. Aliás, a canção é totalmente “a cara” do som de Tove Lo e superdivertida,
porém, não impacta o bastante para um primeiro single.
Seguindo
a ordem, My Kind é uma das canções
mais diferentes que Hilary já gravou. Com um arranjo estilo tropical caribenho,
a música, sem sombra de dúvidas é uma das melhores do álbum e merece mais
destaque. O que não é o caso da pop synch “One
In A Million”, muito parecida com a antiga e enjoativa “Beat Of My Heart”. Apesar de ser uma
canção graciosa, não está entre as novas surpresas da cantora.
Já
“Confetti” vem recebendo um destaque
notório por parte de alguns críticos e fãs de Hilary. A música, na verdade, não
traz muita coisa nova, a não ser uma possível sample da inesquecível “Heaven Is A Place On Earth” de Belinda
Carlisle, um sucesso dos anos 80, que se encaixou muito bem na letra. Já a faixa-título
“Breathe in. Breathe out.” mais
parece uma faixa recusada do “1989” de Taylor Swift, não somente pela
sonoridade “oitentista’’, mas os vocais de Hilary se assemelham aos sussurros e
gemidos de Swift.
Mas
um dos pontos altos do disco é a sensual “Lies”
que, mesmo parecendo com a sonoridade de “My
Kind”, é uma mistura genial de instrumentos de corda e sopro. Com certeza
fará muita gente ficar com um “ah yeah yeah, ah yeah yeah” na cabeça. A partir daqui
o álbum parece melhorar muito com a inserção de “Arms Aroud A Memory”, aquele tipo de música com doces vocais e um
arranjo dance que, se for escolhida para single, será fatalmente uma das
melhores do estilo, que por sinal parece uma produção de Zeed. E destacando
também “Stay In Love”, que traz uma das
letras mais lindas de Duff. A canção é um desabafo sobre aquele amor que você
precisa se libertar, esperamos que não fique de fora em uma futura turnê.
“Brave Heart” é uma pequena derrapada, na
verdade, chega a ser um pouco enjoativa. Uma quebrada no ritmo nos minutos
finais da música não consegue fazer muitas mudanças na qualidade. Ainda que a
canção seja graciosa, é totalmente esquecida quando os primeiros acordes de “Tattoo” soam nos ouvidos. Como sempre,
Ed Sheeran não era em suas produções, trazendo essa apaixonante canção, que é
uma pena não ter sido um dueto, porque iria “bombar” muito. “Picture This”
também é uma ótima canção dançante com um refrão super pra cima, a cara do
verão.
A
última canção é um dueto “gostoso” com Kendall Schmidt, ex- Big Time Rush,
chamada “Night Like This”. A mistura
das vozes dos dois é harmoniosa, inclusive, é a melhor performance vocal de
Hilary. Ligeiramente me lembra “Photographs” da Rihanna em dueto com Will.I.Am,
só que, obviamente, mais lenta um pouco melhor.
Mas
talvez o maior erro do álbum tenha sido a exclusão de duas canções incríveis
que ficaram apenas na versão Deluxe. A ótima “Belong” é uma mistura inteligente de folk pop com elementos
country, palmas, e uns “hey hey hey” ao decorrer do refrão. Seria uma boa jogada
lança-la como single. E por último, “Rebel
Hearts” (a melhor do álbum pra mim”, encerra o disco com uma “puta” chave
de ouro. É o tipo de música que Britney Spears deveria ter feito em seu “Britney Jean” mas não conseguiu. Fora
que a inserção de coros e uma sanfona francesa dão um toque de elegância à
canção.
Em
geral, Hilary Duff consegui fazer um bom trabalho de volta aos holofotes do
pop. Mesmo com alguma derrapadas, é tão bom quanto o seu antecessor “Dignity”,
sim, pois não temos como comparar pela diferença de sonoridade e proposta. Com
certeza, temos um disco pop que qualidade com tudo que temos direito: refrão
chiclete, canções melódicas, dançantes e, vamos combinar, Hilary nunca esteve
tão linda.
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