sábado, 13 de junho de 2015

Review - "Breathe In. Breathe Out" - Hilary Duff



Desde 2007 sem lançar um álbum de inéditas, a cantora e atriz Hilary Duff (27), finalmente voltou ao cenário musical com um novo disco cheio de energia. Com uma proposta dançante e descartando duas tentativas frustradas de singles como “Chasing The Sun” e “All About You”, lançados sem sucesso em 2014, “Breathe in. Breathe out.” consegue manter a qualidade musical de seu último lançamento, o ótimo Dignity.
Iniciando com o 1º single, Sparks, composto pela nova revelação do pop, Tove Lo, a canção é bem familiar ao som que Duff já apresentava anteriormente nos álbuns anteriores com um pouco de mais sofisticação. Aliás, a canção é totalmente “a cara” do som de Tove Lo e superdivertida, porém, não impacta o bastante para um primeiro single.
  Seguindo a ordem, My Kind é uma das canções mais diferentes que Hilary já gravou. Com um arranjo estilo tropical caribenho, a música, sem sombra de dúvidas é uma das melhores do álbum e merece mais destaque. O que não é o caso da pop synch “One In A Million”, muito parecida com a antiga e enjoativa “Beat Of My Heart”. Apesar de ser uma canção graciosa, não está entre as novas surpresas da cantora.
Já “Confetti” vem recebendo um destaque notório por parte de alguns críticos e fãs de Hilary. A música, na verdade, não traz muita coisa nova, a não ser uma possível sample da inesquecível “Heaven Is A Place On Earth” de Belinda Carlisle, um sucesso dos anos 80, que se encaixou muito bem na letra. Já a faixa-título “Breathe in. Breathe out.” mais parece uma faixa recusada do “1989” de Taylor Swift, não somente pela sonoridade “oitentista’’, mas os vocais de Hilary se assemelham aos sussurros e gemidos de Swift.
Mas um dos pontos altos do disco é a sensual “Lies” que, mesmo parecendo com a sonoridade de “My Kind”, é uma mistura genial de instrumentos de corda e sopro. Com certeza fará muita gente ficar com um “ah yeah yeah, ah yeah yeah” na cabeça. A partir daqui o álbum parece melhorar muito com a inserção de “Arms Aroud A Memory”, aquele tipo de música com doces vocais e um arranjo dance que, se for escolhida para single, será fatalmente uma das melhores do estilo, que por sinal parece uma produção de Zeed. E destacando também “Stay In Love”, que traz uma das letras mais lindas de Duff. A canção é um desabafo sobre aquele amor que você precisa se libertar, esperamos que não fique de fora em uma futura turnê.
Brave Heart” é uma pequena derrapada, na verdade, chega a ser um pouco enjoativa. Uma quebrada no ritmo nos minutos finais da música não consegue fazer muitas mudanças na qualidade. Ainda que a canção seja graciosa, é totalmente esquecida quando os primeiros acordes de “Tattoo” soam nos ouvidos. Como sempre, Ed Sheeran não era em suas produções, trazendo essa apaixonante canção, que é uma pena não ter sido um dueto, porque iria “bombar”  muito. “Picture This” também é uma ótima canção dançante com um refrão super pra cima, a cara do verão.
A última canção é um dueto “gostoso” com Kendall Schmidt, ex- Big Time Rush, chamada “Night Like This”. A mistura das vozes dos dois é harmoniosa, inclusive, é a melhor performance vocal de Hilary. Ligeiramente me lembra “Photographs” da Rihanna em dueto com Will.I.Am, só que, obviamente, mais lenta um pouco melhor.
Mas talvez o maior erro do álbum tenha sido a exclusão de duas canções incríveis que ficaram apenas na versão Deluxe. A ótima “Belong” é uma mistura inteligente de folk pop com elementos country, palmas, e uns “hey hey hey” ao decorrer do refrão. Seria uma boa jogada lança-la como single. E por último, “Rebel Hearts” (a melhor do álbum pra mim”, encerra o disco com uma “puta” chave de ouro. É o tipo de música que Britney Spears deveria ter feito em seu “Britney Jean” mas não conseguiu. Fora que a inserção de coros e uma sanfona francesa dão um toque de elegância à canção.
Em geral, Hilary Duff consegui fazer um bom trabalho de volta aos holofotes do pop. Mesmo com alguma derrapadas, é tão bom quanto o seu antecessor “Dignity”, sim, pois não temos como comparar pela diferença de sonoridade e proposta. Com certeza, temos um disco pop que qualidade com tudo que temos direito: refrão chiclete, canções melódicas, dançantes e, vamos combinar, Hilary nunca esteve tão linda.



OUÇA O ÁLBUM COMPLETO (STREAM): AQUI

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