quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Crítica: This Is Acting - Sia




Após ter fornecido talento em uma série de composições poderosas para artistas como Rihanna, Beyoncé, David Guetta, Britney Spears e Katy Perry, Sia, uma das vozes mais poderosas da atualidade lança, This Is Acting, sétimo álbum de sua carreira. Chegando com força no cenário pop e tentando emplacar grandes hits, assim como Chandelier e Elastic Hearts, do álbum anterior, 1000 Forms Of Fear.

This Is Acting traz 13 canções que, originalmente, teriam sido oferecidas para outros cantores, porém, descartadas. E isso, apesar de ser algo que pode ser considerado um trunfo, soa negativo quando ouvimos algumas canções e percebemos que, mesmo com os vocais de Sia, não parecem ser de sua própria sonoridade, vide Move Your Body e Cheap Thrills, que por sinal poderiam ser ótimas músicas do álbum... talvez de uma Rihanna.

Cena do videoclipe de Alive. Reprodução: Youtube
Começando com as impressionantes Birds Set Free e o primeiro e ótimo single, Alive, daria até para pensar que esta seria uma alavanca para outro patamar na carreira de Sia.  Mas assim como os outros álbuns que são, forçadamente, mesmo que sem querer, ser um hitmaker, ele acaba perdendo força chegando ao fim. E acontece isso assim que ouvimos na tediosa House on Fire , a cansativa Footprints e a bagunçada Sweet Design. Mas sem dúvidas, no meio de tanta instabilidade, temos ótimas canções como Reaper, Unstoppable e a ótima Broken Glass, uma das melhores baladas da cantora, que lembra a sonoridade do 1000 Forms Of Fear.

A impressão que fica é que, Sia, indiscutivelmente, tem um dos maiores talentos da indústria musical: transformar palavras em ouro. Porém, tenho que admitir o fato de que tudo demais é veneno, e This Is Acting nos arremessa com tanta intensidade, que não temos como apreciar direito todo o conceito do álbum, sem pensar que ele foi feito apenas com o intuito de lançar singles descartados por outros cantores. E acaba soando muito menos original que os seus trabalhos anteriores, e à primeira escuta, soa como um álbum raso, com uma tentativa de dar continuidade a um sucesso tão estrondoso quanto seu disco anterior (que na minha opinião, precisava ser mais trabalhado sem pressa).

Talvez ela precise desacelerar, colocar para fora um lado mais ousado, sem mais do mesmo. O mundo da música precisa de Sia, de sua voz, seu talento, sua verdadeira identidade. Quem sabe seja a hora de parar de se esconder e pôr a cara no sol para mundo todo ver quem ela é de verdade. Afinal, se ela não fosse ótima, artistas renomados e diversos produtores jamais a teriam colocado no patamar que está, e merece, muito mais. 


 "Texto espotâneo, com erros, acertos, texto humano!"


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