Após
ter fornecido talento em uma série de composições poderosas para artistas
como Rihanna, Beyoncé, David Guetta, Britney Spears e Katy Perry, Sia, uma das
vozes mais poderosas da atualidade lança, This Is Acting, sétimo álbum de sua
carreira. Chegando com força no cenário pop e tentando emplacar grandes hits,
assim como Chandelier e Elastic Hearts, do álbum anterior, 1000 Forms Of Fear.
This
Is Acting traz 13 canções que, originalmente,
teriam sido oferecidas para outros cantores, porém, descartadas. E isso, apesar
de ser algo que pode ser considerado um trunfo, soa negativo quando ouvimos
algumas canções e percebemos que, mesmo com os vocais de Sia, não parecem ser
de sua própria sonoridade, vide Move Your
Body e Cheap Thrills, que por
sinal poderiam ser ótimas músicas do álbum... talvez de uma Rihanna.
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Cena do videoclipe de Alive. Reprodução: Youtube |
Começando
com as impressionantes Birds Set Free
e o primeiro e ótimo single, Alive, daria até para pensar que
esta seria uma alavanca para outro patamar na carreira de Sia. Mas assim como os outros álbuns que são,
forçadamente, mesmo que sem querer, ser um hitmaker, ele acaba perdendo força
chegando ao fim. E acontece isso assim que ouvimos na tediosa House on Fire , a cansativa Footprints e a bagunçada Sweet Design. Mas sem dúvidas, no meio de
tanta instabilidade, temos ótimas canções como Reaper, Unstoppable e a
ótima Broken Glass, uma das melhores baladas da cantora, que lembra a sonoridade do 1000 Forms Of Fear.
A
impressão que fica é que, Sia, indiscutivelmente, tem um dos maiores talentos
da indústria musical: transformar palavras em ouro. Porém, tenho que admitir o
fato de que tudo demais é veneno, e This
Is Acting nos arremessa com tanta intensidade, que não temos como apreciar
direito todo o conceito do álbum, sem pensar que ele foi feito apenas com o
intuito de lançar singles descartados por outros cantores. E acaba soando muito
menos original que os seus trabalhos anteriores, e à primeira escuta, soa como
um álbum raso, com uma tentativa de dar continuidade a um sucesso tão estrondoso quanto seu disco anterior (que na minha opinião, precisava ser mais trabalhado sem pressa).
Talvez ela precise desacelerar, colocar para fora um lado mais
ousado, sem mais do mesmo. O mundo da música precisa de Sia, de sua voz, seu
talento, sua verdadeira identidade. Quem sabe seja a hora de parar de se
esconder e pôr a cara no sol para mundo todo ver quem ela é de verdade. Afinal, se ela não fosse ótima, artistas renomados e diversos produtores jamais a teriam colocado no patamar que está, e merece, muito mais.
"Texto espotâneo, com erros, acertos, texto humano!"
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