Foram
muitas as críticas à cantora americana Lana
Del Rey no lançamento de sua música (que também é título do álbum) chamada Ultraviolence, em 2014. O álbum foi
aclamado pela crítica especializada por sua sonoridade pesada e melancólica e
um forte conteúdo lírico nos temas das canções. Porém, a canção Ultraviolence
não foi muito bem recebida por alguns críticos que alegam a existência de um
forte conteúdo que enaltece violência doméstica.
Ao analisar a letra da canção, resolvi explicitar meu ponto
de vista em relação ao seu conteúdo. Minha primeira impressão é que a letra é
nada mais que um retrato de uma realidade, inclusive, de muitas mulheres que
são escravas do amor que sentem por um homem violento. No trecho “Ele me bateu e foi como um beijo, posso
ouvir violinos, violinos” pode muito bem refletir sobre o morde/assopra de
alguns relacionamentos que, em muitas vezes, o homem agride a mulher e depois
se arrepende, se derrete, faz promessas e serenatas. A mulher pode se deixar
levar pelo amor que sente e que não consegue se desvencilhar. Seria injusto julgar Lana pelo conteúdo da canção que, para mim, é um grito para as mulheres que vivem na submissão e não intentam sair de sua redoma destrutiva.
É difícil se desprender quando se ama, mesmo na dor, a mulher
teme e se resguarda, ela decide ficar. Mas essa estabilidade sempre se rompe, quando
se quer amar eternamente, mas o mesmo tempo deseja partir como em “Eu te amei pela primeira vez, Eu te amei
pela última vez”. Mas o preço a pagar é alto, tem que haver um teatro, um
fingimento, esconder-se por trás do sorriso e do amor luxurioso no verso “Chorando
lágrimas de ouro, como Marylin”. É uma referência à senhorita Monroe, que por
anos viveu uma vida de explorações e sofrimentos, mas camufladas pelo brilho e
a riqueza.
Por vezes, o amor sempre fala mais alto. Por ele, essa mulher
(retratada da música) faz tudo. É obcecada, o ama infinitamente. Ama sua forma
de chama-la de “beladona”, pois o que
ele sente é amor, assim como no trecho “Ele
me feriu, mas parecia que era amor verdadeiro”.
O amor ultraviolento nos versos de Lana parece não ser o mais
adequado, nem o mais sujo. É apenas uma imagem, uma projeção de alguém que age
com o seu próprio coração, independente do seu sofrimento, de suas dores
externas e internas. Tudo o que ela quer é o amor verdadeiro, “abençoada é essa
união”, cheia de amor e ódio. O que vale
lembrar é que, independentemente de seu real significado, Ultraviolence é uma
belíssima canção surf rock que merece ser apreciada pela qualidade musical e a
impecável e sussurrante interpretação de Del Rey.
Por Eloy Vieira
Ouça Ultraviolence
Eu andei pesquisando sobre a letra de Ultraviolence e esse foi um dos poucos sites que argumentaram algo que realmente fez algum sentido. Na real eu não sei se o problema é com meu computador ou com meu navegador, mas aparentemente a ultima atualização do blog foi em 2016, é isso mesmo? Eu encontrei esse blog hoje e cheguei até a ficar triste por ver que, pelo que aparenta, não está ativo a um bom tempinho. Enfim, achei muito explicativo tudo que foi falado aqui, além de ter sido muito útil.
ResponderExcluirMesmo que ninguém veja isso, me sinto na obrigação de comentar sobre como o blog é incrível!
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ResponderExcluirTiti White Fennec titanium post earrings - This chile has a thin, glossy shell titanium plate flat iron making it titanium fat bike a very pleasant addition to titanium tube your dish. where can i buy titanium trim